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Zequinha condena importação predatória de leite

O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) manifestou nessa quinta-feira (14) preocupação com o aumento das importações na indústria dos laticínios no Brasil. Ele explicou que o aumento das importações de leite e derivados, sobretudo da Argentina e do Uruguai, está ameaçando esse segmento da economia, podendo eliminar milhões de empregos e renda. Para ele, é necessário que o governo federal providencie medidas urgentes de modo a não impactar a economia brasileira e provocar o desabastecimento do mercado interno.

— O Brasil, é o terceiro maior produtor mundial de leite, com uma produção de mais de 34 bilhões de litros por ano em 98% dos municípios brasileiros, tendo a predominância de pequenas e médias propriedades e empregando perto de quatro milhões de pessoas. Para os senhores verem que não é um segmento qualquer da economia. É muito importante, principalmente para a pequena propriedade — afirmou.

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Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no primeiro semestre deste ano, foram importadas 161 mil toneladas de lácteos, o que representa uma alta de 158% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso corresponde a cerca de R$ 443 milhões em valores e equivale a 1,2 bilhão de litros de leite que deixaram de ser captados no Brasil, representando um aumento de 268% no comparativo com 2022. Como resultado, explicou o parlamentar, a agricultura familiar, que tem no leite o suporte para manter as despesas da pequena propriedade, foi afetada.

Entre os motivos para o preço do leite brasileiro ser mais alto do que o do Uruguai e da Argentina, Zequinha observou que está as condições especiais de produtores estrangeiro:

— Enquanto os países vizinhos contam com subsídios e incentivos governamentais — o que lhes permite produzir com custos mais baratos —, aqui, no Brasil, os bravos produtores de leite nossos não contam com esse apoio.

O parlamentar alertou ainda que determinados lotes de leite e derivdos que entram no Brasil podem não ser realmente da Argentina e do Uruguai e terem procedência e manejo não confiável.

— Precisamos solucionar essa questão das importações predatórias, que podem acabar com a cadeia do leite em todo o Brasil, torná-la uma atividade sem nenhuma atração em função desse tipo de comportamento. É válida uma ação que seja perene como, por exemplo, incluir o leite na lista de exceção do Mercosul para que as importações do produto e seus derivados de países do bloco, como Uruguai e Argentina, sejam taxados. Não pode pertencer a uma lista comum em que o imposto cai, senão a gente acaba com o nosso mercado — advertiu o senador.

Fonte: Agência Senado

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