O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, se reuniu, nesta terça-feira (28), com os bombeiros que participaram da comitiva brasileira direcionada à missão de apoio internacional na Turquia.
Os militares atuaram no resgate de vítimas do terremoto de magnitude 7.8, que também atingiu a Síria. A missão durou 17 dias e, além dos representantes de Minas, participaram também bombeiros de São Paulo e Espírito Santo.
Os militares, que retornaram ao estado no sábado (25), foram recebidos pelo governador nesta terça-feira para um café da manhã. Romeu Zema parabenizou os bombeiros pelo empenho e dedicação em mais uma ação de ajuda humanitária.
“Parabenizo a todos pela missão de coragem. Com certeza, trata-se de uma tragédia descomunal que só quem vai lá e olha no rosto dos sobreviventes consegue ver a tristeza e o sofrimento”, disse o governador. “Com certeza, foi algo marcante e que vocês não vão esquecer, pois é uma situação muito difícil. Espero que, com mais esse aprendizado, possamos melhorar, ainda mais, o atendimento aos mineiros”, destacou.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG), coronel Erlon Dias, ressaltou a experiência dos militares mineiros que fizeram do estado uma referência neste tipo de operação.
“Fomos convidados pela expertise de Minas Gerais em eventos como Brumadinho e Mariana. Nós já participamos de missões internacionais, como em Moçambique e Haiti e, por isso, fomos chamados para novamente para compor esta missão. E enviamos bombeiros especializados e experientes, além de um equipamento de localização de vítimas sob escombros. Vale ressaltar que Minas Gerais é o único estado do Brasil com esse equipamento”, disse o comandante.
Os seis bombeiros integram o Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad).
O major Heitor Aguiar Mendonça foi o comandante da operação nos países afetados pelo terremoto. Ele e sua equipe presenciaram um segundo terremoto durante as buscas. O bombeiro conta que é satisfatório voltar para casa e ressalta o aprendizado durante a missão.
“É algo assustador passar por essa experiência, sentimos na pele”, contou o major. “Somos gratos por voltar para casa com a sensação de dever cumprido”, completou.
Receber o reconhecimento dos familiares, amigos e de todos os mineiros é, também, motivo de grande satisfação. “Isso nos deixa orgulhosos e empenhados em fazer nosso trabalho em gestão e operações para salvar vidas e continuar nossas atividades rotineiras com alto grau de qualidade”, ressaltou o major.
Tragédia na Turquia e Síria
O terremoto de magnitude 7,8 atingiu, no início deste mês de fevereiro, a fronteira entre a Turquia e a Síria. O terremoto foi seguido por centenas de tremores menores que sucederam o principal, chamados de réplicas.
A tragédia provocou a morte de mais de 50 mil pessoas, até o momento, sendo o quinto mais mortal do mundo nos últimos 20 anos.
Das vítimas, 44,2 mil estavam em território turco e 5,9 mil na Síria. Mais de 160 mil edifícios, com um total de 520 mil apartamentos, desabaram ou foram severamente danificados.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o tremor foi tão forte quanto um registrado no país em 1939, que vitimou mais de 30 mil pessoas.
(Foto: Cristiano Machado / Imprensa MG)