O secretário de Saúde de Brasília-DF, Francisco Araújo, foi preso, na manhã desta terça-feira (25) na Operação Falso Negativo deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A ação apura o superfaturamento de R$ 30 milhões em contratos para a compra de testes de Covid-19 pelo Governo de Brasília (GDF), que somam R$ 73 milhões. O prejuízo estimado pelo MP aos cofres públicos é de R$ 18 milhões.
A informação foi confirmada pelo MPDFT, que aguarda o levantamento do sigilo para se manifestar sobre o caso. A expectativa é de que, ainda hoje, haja uma coletiva de imprensa na qual detalhes da operação serão apresentados.
Além do secretário de Saúde, que foi detido em casa, no Setor Noroeste, são alvo de prisão preventiva: Ricardo Tavares Mendes, ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde; Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância à Saúde; Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário adjunto de Gestão em Saúde; Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Laboratório Central (Lacen); Iohan Andrade Struck, subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde do DF; e Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde.
Para o governador Ibaneis Rocha (MDB), “no momento em que declaro irrestrita confiança no Poder Judiciário, venho a público lamentar a desnecessária operação. O secretário de Saúde, Francisco Araújo, e sua equipe sempre estiveram à disposição das autoridades para esclarecer quaisquer fatos”, disse o chefe do Executivo, por meio de nota.
A ação é coordenada pela Assessoria Criminal e tem o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPDFT, e cumpre sete mandados de prisão e 44 de busca e apreensão.
(Agência Brasil e outras agências)