O agravamento das tensões no Brasil fez o mercado financeiro ter um dia de turbulências. O dólar se aproximou de R$ 5,30, e a bolsa caiu quase 2%.
O dólar comercial encerrou a quinta-feira (9) vendido a R$ 5,279, com alta de R$ 0,082 (+1,58%). Por alguns momentos durante a manhã, a cotação operou em baixa, mas firmou a tendência de alta durante a tarde até fechar perto da máxima do dia.
A moeda norte-americana está no valor mais alto desde 5 de janeiro, quando estava sendo vendida a R$ 5,35.
O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 108.008 pontos, com queda de 1,77%. O indicador chegou a operar em estabilidade no início das negociações, mas desabou no restante do dia.
O acirramento das tensões entre o governo e o Banco Central (BC) se agravou, com cada vez mais parlamentares da base aliada defendendo a convocação do presidente do órgão, Roberto Campos Neto, para explicar sobre os juros básicos atuais, em 13,75% ao ano.
A possibilidade de que a meta de inflação seja aumentada na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), no próximo dia 16, contribuiu para as tensões. O BC não se pronunciou sobre notícias de que Campos Neto teria concordado com a alteração da meta.
