O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o secretário estadual de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, fizeram uma visita técnica à escavação dos túneis da Linha 6-Laranja de metrô e acompanharam a chegada da tuneladora Maria Leopoldina, conhecida como “tatuzão sul”, na futura estação Perdizes. Com 15,3 quilômetros (km) de extensão e investimentos de R$ 18 bilhões, a nova linha de transporte sobre trilhos é, atualmente, a maior obra de infraestrutura em execução na América Latina.
“É uma obra que vai fazer a diferença na vida das pessoas, o trabalho e o suor de vocês vai fazer a diferença na vida de muita gente. Hoje a gente está aqui em Perdizes para ver o tatuzão chegar e daqui a pouco estará chegando a Higienópolis. É um trabalho que, muitas vezes, a cidade não imagina que existe, mas a obra não para, é 24 horas”, disse Tarcísio ao lado do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), André do Prado, e de deputados e vereadores, nesse sábado (30) .
Quando concluída, a Linha 6-Laranja vai permitir o percurso da Brasilândia, na zona norte, até o centro da capital em apenas 23 minutos. Atualmente, o percurso similar leva cerca de uma hora e meia para ser percorrido de ônibus.
Perdizes é o quarto ponto de parada do tatuzão sul, que permitirá a ligação da estação aos outros poços de ventilação e paradas da Linha 6-Laranja. Para chegar até o local, o equipamento já perfurou um trecho de cerca de 3,5 km de extensão e permitiu a instalação de aproximadamente 1.650 anéis de concreto para revestimento do túnel. O próximo destino será a estação PUC-Cardoso de Almeida.
Para operação do tatuzão, são necessárias cerca de 50 pessoas em três turnos de trabalho. A tuneladora pesa duas mil toneladas, com 10,61 metros de diâmetro e 109 metros de extensão, e conta com refeitório, cabine de enfermagem, esteira rolante para retirada do material escavado, cabine de comando e equipamentos auxiliares.
Para a construção da estação Perdizes, foram escavados até agora mais de 135,9 mil metros cúbicos (m³) de solo, com utilização de 47,1 mil m³ de concreto. Atualmente, as obras estão com 39,5% de execução, gerando cerca de nove mil empregos diretos e indiretos.
“É bom estar aqui em mais uma estação que está sendo entregue. Uma obra tão bonita, onde estamos integrando a Zona Norte ao centro de São Paulo. Diminuindo esse caminho, que vai permitir uma redução de viagem muito grande para a população”, declarou o secretário Rafael Benini.
Linha-6 Laranja
O projeto da Linha 6-Laranja prevê 15 estações ao longo dos 15,3 km de extensão da linha. O ramal será atendido por 22 trens e deverá transportar uma média de 630 mil passageiros por dia.
Ela ligará a Brasilândia à estação São Joaquim, no centro de São Paulo, passando pelas futuras estações Vila Cardoso; Itaberaba-Hospital Vila Penteado; João Paulo I; Freguesia do Ó; Santa Marina; Água Branca; Sesc-Pompeia; Perdizes; PUC-Cardoso de Almeida; FAAP-Pacaembu; Higienópolis-Mackenzie; 14 Bis.; e Bela Vista.
Além disso, está em estudo a ampliação de 7 km de extensão da linha, acrescentando outras seis estações: Morro Grande; Velha Campinas; Aclimação; Cambuci; Vila Monumento; e São Carlos. A obra fará integração com as linhas 1-Azul e 4-Amarela de metrô e 7-Rubi e 8-Diamante de trens urbanos.
O empreendimento é executado por meio de uma parceria público-privada (PPP) entre o Governo de São Paulo e o consórcio Linha Universidade. Após a conclusão das obras, a operação da Linha 6-Laranja será feita pela concessionária pelo prazo de 19 anos.
A obra está em andamento no Pátio Morro Grande, nos 18 poços de ventilação e saída de emergência (VSE) e nas 15 estações – em oito delas, as escavações já foram concluídas.