O senador Magno Malta (PL-ES) defendeu, na terça-feira (6), em Plenário, o estabelecimento de um “marco temporal” para as terras indígenas, conforme aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados. Para o senador, o Brasil pode se tornar uma “área demarcada onde apenas ONGs estrangeiras serão beneficiadas”.
— Nós teremos um Brasil mais ou menos do tamanho de Sergipe, porque o país todo vai virar área demarcada, ninguém terá direito a nada, a não ser as ONGs estrangeiras que virão para poder levar as riquezas dessas áreas demarcadas. Qual é a lógica disso? Nenhuma lógica. Este país já está no limiar da desgraça. O [não acolhimento ao] ‘marco temporal’ o levará à desgraça total — afirmou o senador.
Magno Malta também criticou o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do Recurso Extraordinário (RE) 635659, com repercussão geral, que trata do crime de porte de drogas para consumo pessoal. Segundo o senador, a discussão sobre a descriminalização do porte de drogas ilícitas para uso próprio não pertence ao Supremo, mas ao Senado, que até hoje deliberou contrariamente.
— Quando nasceram os dentes das minhas filhas, eu já tinha drogado em casa, tirando gente da rua, e eu sei o que significa a maconha na vida de uma pessoa. As pessoas que clamam pelo canabidiol… [O governo] não pode comprar o canabidiol para dar às pessoas que precisam? Pode e entregar na mão. Nós não precisamos plantar maconha aqui, não — disse.
Fonte: Agência Senado