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segunda-feira, janeiro 27, 2025

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Preço da cesta básica dispara em todo o país

Em 2024, o valor da cesta básica aumentou nas 17 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As maiores elevações acumuladas, de dezembro de 2023 a dezembro de 2024, foram registradas em João Pessoa (11,91%), Natal (11,02%), São Paulo (10,55%) e Campo Grande (10,41%). Em Porto Alegre (2,24%), foi verificada a menor variação.

De novembro a dezembro de 2024, o valor da cesta subiu em 16 cidades, com destaque para Natal (4,01%), Aracaju (3,90%), Vitória (2,88%) e João Pessoa (2,72 %). Em dezembro de 2024, o conjunto de bens alimentícios básicos apresentou maior custo em São Paulo (R$ 841,29), Florianópolis (R$ 809,46), Porto Alegre (R$ 783,72), Rio de Janeiro (R$ 779,84) e Campo Grande (R$ 770,35). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde são pesquisados 12 produtos (um a menos que nas demais capitais), Aracaju (R$ 554,08), Salvador (R$ 583,89) e Recife (R$ 588,35) registraram os menores valores médios.

Levando em consideração a cesta de Sâo Paulo e a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em dezembro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 7.067,68 ou 5,01 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 6.959,31 ou 4,93 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2023, ficou em R$ 6.439,62, ou 4,88 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 1.320,00. Em dezembro de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 109 horas e 23 minutos. Em novembro, a jornada necessária foi calculada em 107 horas e 58 minutos. Em dezembro de 2023, a média era de 109 horas e três minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, nota-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2024, 53,75% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandaram 53,05%. Em dezembro de 2023, a média era de 53,59%.

Carne

Em 2024, o preço da carne bovina de primeira aumentou em todas as cidades pesquisadas, com destaque para Campo Grande (29,90%), Goiânia (29,05%), Fortaleza (28,06%), São Paulo (27,05%), Florianópolis (25,69%), Brasília (24,04%) e Salvador (22,58%).

O preço do leite integral subiu em todas as capitais, de dezembro de 2023 ao mesmo mês de 2024, com altas que variaram de 8,37%, no Rio de Janeiro, a 23,36%, em Aracaju.

O café em pó registrou aumento de preço em todas as cidades em 2024. As oscilações ficaram entre 31,60%, em São Paulo, e 62,56%, em Belo Horizonte.

O óleo de soja também teve o valor elevado em todas as cidades, de dezembro de 2023 a dezembro de 2024. As altas ficaram entre 22,98%, em Vitória, e 45,63%, em Aracaju.

O valor do quilo do arroz agulhinha apresentou alta em todas as cidades, de dezembro de 2023 a dezembro de 2024. As variações ficaram entre 4,72%, em Aracaju, e 20,93%, em Salvador.

O preço da dúzia da banana (prata e nanica) foi maior em dezembro de 2024, quando
se compara com o mesmo mês de 2023. As elevações mais expressivas ocorreram no
Nordeste, onde a banana prata é mais comum: Recife (18,18%), João Pessoa (16,58%) e Natal (14,72%).

De dezembro de 2023 a dezembro de 2024, a cotação média da manteiga subiu em
15 capitais, com destaque para Vitória (12,70%), João Pessoa (12,18%) e Curitiba (11,78%).

O valor médio do pão francês ficou maior em 14 cidades, de dezembro de 2023 ao
mesmo mês de 2024, com variações de 0,84%, em Natal, a 8,75%, em Campo Grande. Em João Pessoa, o preço não variou. Grande parte da farinha para produção foi importada e a alta do dólar pressionou os custos, elevando o preço do pão francês no varejo.

O preço do feijão tipo preto, pesquisado nas cidades do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, acumulou alta de 3,63%, em Florianópolis, de 2,00%, em Curitiba, e, de 0,58%, em
Vitória. Parte do feijão preto vem de fora do Brasil e a desvalorização do real em relação ao
dólar elevou os preços do grão.

O valor médio do açúcar aumentou em nove capitais, com destaque para Brasília (8,79%), João Pessoa (6,84%) e Aracaju (3,69%).

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