O senador Plínio Valério (PSDB-AM) defendeu o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que vem sendo criticado pelo presidente. Vários integrantes do PT pedem a saída de Campos Neto do cargo, especialmente após a decisão do banco de manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano.
Plínio Valério disse que Campos Neto está sendo utilizado como “bode expiatório” e ressaltou que o presidente do Banco Central não é o responsável pela definição da política monetária, e sim o Conselho Monetário Nacional. Portanto, argumentou o senador, “o alvo está errado”.
— Se o presidente Lula quer exonerar o Roberto Campos, que encontre motivos, mas os envie para o Senado, porque é aqui nesta Casa que se julga se procede ou não esse tipo de pedido — declarou Plínio, ao lembrar que um pedido de exoneração do presidente do Banco Central tem de passar pela análise do Senado.
Ingerência
Ao criticar tentativas de ingerência política no Banco Central, Plínio voltou a defender a autonomia dessa instituição — estabelecida pela Lei Complementar 179/2021, que teve origem em projeto de autoria do próprio senador. Ele afirmou que “o Senado, quando aprovou essa lei, fez história; é um grande avanço institucional”.
— Amanheci feliz hoje, muito alegre por ver as críticas que o PT faz em relação à autonomia do Banco Central. Eu sou daqueles que, quanto mais o PT critica, mais alegre fica, por ter a certeza de que essa lei veio para ficar. (…) Dúvidas eu não tinha, mas, se as tivesse, agora eu passaria a ter certeza de que nós fizemos a coisa certa.
Fonte: Agência Senado
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