Talyta Machado – Nutricionista
A gordura no fígado, também conhecida como esteatose hepática, é uma condição em que o fígado acumula mais gordura do que o normal. Isso pode acontecer por diversos motivos, mas um dos fatores de risco mais importantes é a chamada síndrome metabólica.
A síndrome metabólica é um conjunto de características, como aumento da circunferência da cintura, hiperglicemia (açúcar alto no sangue), dislipidemia (alterações nos níveis de gorduras no sangue) e hipertensão sistêmica (pressão alta). Essas características podem aumentar o risco de desenvolver a gordura no fígado.
Um fator importante no desenvolvimento da gordura no fígado é o acúmulo de substâncias lipídicas tóxicas no órgão. Isso acontece quando o fígado fica sobrecarregado e não consegue lidar adequadamente com os carboidratos e ácidos graxos, que são as principais fontes de energia para o nosso corpo. A resistência à insulina, que é um problema na ação da insulina, hormônio responsável pelo controle do açúcar no sangue, também contribui para o acúmulo dessas substâncias.
Nos últimos anos houve um aumento significativo de casos de esteatose em todo o mundo, principalmente devido a uma dieta rica em frutose (adicionada, não a das frutas frescas), sacarose (açúcar comum) e gorduras saturadas (encontradas principalmente na gordura animal), aliada a um estilo de vida cada vez mais sedentário.
Agora que você entendeu um pouco sobre a relação entre nutrição e gordura no fígado, veja algumas orientações que podem ajudar a tratar e prevenir essa condição:
É importante aumentar o consumo de fibras, como aquelas encontradas em frutas, legumes e grãos integrais. Também é recomendado aumentar o consumo de proteína vegetal, encontrada em alimentos como feijão, lentilha e grão-de-bico. Além disso, reduzir o consumo de carboidratos refinados e gorduras saturadas, presentes em alimentos como pães brancos, massas, doces e queijos gordurosos.
Antioxidantes: Alguns alimentos ricos em antioxidantes podem ajudar a proteger o fígado. O brócolis, por exemplo, contém isotiocianatos, substâncias que auxiliam na proteção hepática. Outros alimentos que contenham vitamina E
(encontrada em nozes, sementes e azeite) também podem melhorar os níveis de enzimas hepáticas e a resistência à insulina. Antocianinas, quercetina e resveratrol são outros antioxidantes presentes em alimentos como frutas vermelhas, uvas e chás, que também podem ajudar a melhorar a saúde do fígado.
Além dessas orientações relacionadas à alimentação, é importante mencionar que algumas substâncias presentes em embalagens de alimentos, como o bisfenol A, podem ter efeitos prejudiciais ao fígado. Portanto, é essencial evitar o uso excessivo de plásticos.
Adotar um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercício física, também é fundamental para prevenir e tratar a gordura no fígado.
Não há problema em procurar ajuda. Entendo o quão desafiador pode ser mudar seus hábitos depois de anos seguindo um caminho inadequado. É por isso que a orientação de um nutricionista especializado é tão valiosa. Assim você receberá um plano de ação personalizado, levando em consideração sua rotina, para que você possa obter o suporte necessário durante essas mudanças. Afinal, você não precisa enfrentar isso sozinho.
Além disso, existem suplementos e nutrientes específicos que podem ser manipulados para ajudar no seu tratamento. Mas lembre-se, é crucial consultar um profissional para obter uma prescrição personalizada. Não subestime o poder de uma orientação especializada.
Cuidar da sua alimentação e corpo desde cedo é um investimento precioso para uma vida saudável e livre de doenças. Seu fígado vai agradecer por cada escolha consciente que fizer. Então, não hesite em buscar ajuda profissional. Juntos, vamos trilhar o caminho para a sua saúde ideal. Você merece se sentir bem, e estou aqui para ajudar.
Talyta Machado – Nutricionista CRN/1 15591
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Consultas: (61) 9.9449-5532