19.5 C
Brasília
sexta-feira, novembro 1, 2024

ANUNCIE

Não reconhecer o marco temporal é desrespeito ao direito de propriedade, diz Pedro Lupion

A reunião ordinária da Frente Parlamentar (FPA), dessa terça-feira (12), recebeu a presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá. Os parlamentares debateram a respeito dos desafios técnicos e orçamentários enfrentados pela empresa cinquentenária. As decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da desapropriação de terras produtivas e do marco temporal também acenderam alertas na bancada e foram motivo de debate.

Segundo o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), os temas referentes ao direito de propriedade sempre foram prioridade para a bancada. Especialmente, por serem pilares da segurança jurídica e da pacificação no campo. Lupion afirmou que o marco temporal só evolui, graças aos esforços da FPA no Congresso Nacional.

“As vitórias que obtivemos na Câmara e que estamos obtendo no Senado são consequência do intenso trabalho dos parlamentares. Estamos mostrando aos ministros do Supremo os riscos de não reconhecer o marco temporal. É algo que afetará todo o país”, explicou.

Questionado sobre a presença de prefeitos e produtores rurais que estiveram em Brasília por apoio ao projeto de lei do Marco Temporal, Lupion destaca que é um direito de cada cidadão lutar pelo o que considera justo.

“É um direito dos produtores rurais se mobilizarem e eles devem mostrar essa aflição e indignação. Ninguém melhor que os representantes e pessoas diretamente afetadas para mostrar a realidade. Não reconhecer o marco temporal é desrespeito ao direito de propriedade”, disse.

Projeto de Lei Orçamentária 2024

Sobre o PLOA enviado ao Congresso, Lupion enfatizou que, pelo montante, está cristalino que o atual governo precisa enxugar a máquina pública. Para ele, existem muito mais gastos do que arrecadação.

“Se eles pensavam em aumentar receita e diminuir despesas, não é isso que está acontecendo. A gente precisa, pelo menos, ajustar as questões que envolvem o setor agropecuário. Porque do jeito que está, sinceramente, será muito difícil o trabalho do ano que vem”, acrescentou Lupion.

Desafio da Embrapa

A presença da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, deu aos parlamentares a oportunidade de enaltecer, mas também de mostrar as preocupações com os próximos passos da referência mundial em pesquisa agropecuária. Pedro Lupion relembrou o trabalho da atual mandatária dentro da instituição e pontuou as dificuldades atuais.


“A Silvia é uma técnica, uma doutora que entende muito bem como a Embrapa funciona. Ela sabe, assim como nós sabemos, que a empresa passa por um momento grave no que se refere ao custeio”.

Para a presidente Sílvia, é essencial que haja recurso para a melhoria de laboratórios, contratação de pessoas e a posterior modernização da instituição. Segundo ela, há 13 anos não acontece um concurso público para atualização de pessoal.

“Temos funcionários com 45 anos de casa. É importante que aconteça uma inserção geracional, pessoas novas, com ideias de acordo com o próprio tempo. Pessoas estão se aposentando e é normal que aconteça a transição”.

Sobre os recursos, Silvia garante que a necessidade de custeio é geral. E devem ser necessários R$ 520 milhões de aporte. “Para ter uma ação estruturante, contribuir com a segurança alimentar mundial, precisamos de apoio. O que nos trouxe aqui foi o investimento em Ciência e Tecnologia e necessitamos seguir com esse protagonismo. Não podemos sofrer daqui cinco ou 10 anos por falta de apoio agora”, concluiu.

relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Fique conectado

667FãsCurtir
756SeguidoresSeguir
338SeguidoresSeguir
- Publicidade -spot_img

Últimos artigos