Desde as alterações do programa Minha Casa Minha Vida feitas pelo Ministério das Cidades no início de agosto, as reações do mercado se intensificam. Tanto que o presidente do CRECISP (Conselho Regional de Corretores do estado de São Paulo) – José Augusto Viana Neto, tem se manifestado negativamente quanto às mudanças que incluem regras mais duras para os financiamentos de imóveis usados para as famílias da Faixa 3 do programa, que são aquelas com renda de R$ 4,4 mil até R$ 8 mil.
Ele cita os preços altos dos imóveis novos, a taxa Selic que não caiu como era esperado e afirma que “o pior é a descaracterização promovida pelo programa Minha Casa Minha Vida implementada pelo Ministério das Cidades que reduziu o teto do valor dos imóveis usados que era de até R$ 350 mil para R$ 270 mil.”
Viana cita ainda o aumento no valor da entrada que agora corresponde a 50% do valor da propriedade, sendo que o programa vai financiar apenas os 50% restantes.
“Para o trabalhador, este é um péssimo momento para fazer negócio. Pouquíssimos deles poderão ter acesso a imóveis usados com estas regras implacáveis impostas pelo programa Minha Casa Minha Vida”, concluiu.
O presidente do CRECISP vai a Brasília esta semana buscando respostas para este momento do programa.
Sonia Servilheira