A economia da China sofre duro retrocesso com o impacto negativo na atividade varejista e industrial por causa dos lockdowns a pretexto de combate da covid-19. Trabalhadores e consumidores foram confinados em suas casas e afetaram gravemente as cadeias de abastecimento, lançando uma sombra sobre as perspectivas para a segunda maior economia do mundo.
Em março e abril, foram impostos lockdowns totais ou parciais nos principais centros do país, incluindo Xangai, atingindo a produção e o consumo e aumentando os riscos para aquelas partes da economia global fortemente dependentes da China.
As vendas no varejo despencaram 11,1% em abril em relação ao ano anterior, a maior contração desde março de 2020, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas nessa segunda-feira (16).
A produção das fábricas caiu 2,9% em relação a 2021, contrariando expectativa de aumento e marcando o maior declínio desde fevereiro de 2020. As medidas supostamente contra o vírus afetaram as cadeias de abastecimento e paralisaram a distribuição.
“O resultado final é que, embora o pior já tenha passado, acreditamos que a economia chinesa terá dificuldades para voltar à sua tendência pré-pandemia”, disseram analistas da Capital Economics.
Os investimentos em ativos fixos, com os quais Pequim conta para sustentar a economia à medida que as exportações perdem impulso, subiram 6,8% nos primeiros quatro meses do ano, em comparação com um aumento esperado de 7,0%.