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quinta-feira, dezembro 12, 2024

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Ibovespa tem um dos piores primeiros trimestres desde 1995

Ao encerrar a sexta-feira (31), último dia de março e do primeiro trimestre de 2023, aos 101.882,20 pontos, o Ibovespa acumula uma queda de 7,16% no período. Este é o quarto pior desempenho para os três primeiros meses de um ano desde o início do Plano Real em 1995, mostra um levantamento feito por Einar Rivero, do Trademap.

Até o fechamento da terça-feira (28), o Ibovespa acumulava uma queda de 7,79% em 2023. Um desempenho pífio e que parece ainda pior se analisado no comparativo de anos anteriores. Seria o terceiro pior resultado para um primeiro trimestre desde o início do Plano Real, superado, apenas, pelas quedas de 31,58% de 1995 e de 36,86% de 2020, mostra um levantamento realizado por Einar Rivero, do Trademap. Esses anos ficaram marcados por uma crise grave e generalizada nos mercados emergentes e pelo início da maior pandemia em mais de 100 anos, respectivamente.
“Isso até assusta, porque é bem emblemático que 2023 seja um dos piores desempenhos incluindo uma pandemia global”, avalia Damont Carvalho, da Principal Claritas.
Roberto Chagas, da EQI Asset, relembra o que ficou conhecido no mercado como “Efeito Tequila”, um problema na economia do México causado pela falta de reservas cambiais que gerou uma grave desvalorização do peso mexicano no final de 1994. Pares emergentes não conseguiram escapar e países como o Brasil e a Argentina também viram suas bolsas de valores derreterem à época.

“Foi um grande terremoto em moedas emergentes e a bolsa aqui teve um efeito secundário disso e caiu”, afirma.

A queda do primeiro trimestre da época só não foi pior que a registrada em 2020, quando a B3 passou por 6 circuit breakers somente em março por causa do início da pandemia da covid-19.

A divulgação do arcabouço fiscal nesta última semana deu um pequeno refresco nas perdas do Ibovespa. Isso fez com que a queda acumulada no primeiro trimestre deixasse de ser a terceira pior desde o início do Plano Real para se tornar a quarta, atrás também da desvalorização registrada nos primeiros meses de 2013.

Na ocasião, o Ibovespa cedeu 7,55%. O resultado do trimestre daquele ano foi reflexo de uma perda não recorrente de bilhões gerada pela Medida Provisória 579, que determinava sobre a renovação das concessões de energia elétrica no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. A medida queria reduzir os preços das tarifas, mas fez parte do início de uma crise econômica que ocasionaria no impeachment da governante em 2016.

(Com informações do Estadão)

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