Ao encerrar a sexta-feira (31), último dia de março e do primeiro trimestre de 2023, aos 101.882,20 pontos, o Ibovespa acumula uma queda de 7,16% no período. Este é o quarto pior desempenho para os três primeiros meses de um ano desde o início do Plano Real em 1995, mostra um levantamento feito por Einar Rivero, do Trademap.
“Foi um grande terremoto em moedas emergentes e a bolsa aqui teve um efeito secundário disso e caiu”, afirma.
A queda do primeiro trimestre da época só não foi pior que a registrada em 2020, quando a B3 passou por 6 circuit breakers somente em março por causa do início da pandemia da covid-19.
A divulgação do arcabouço fiscal nesta última semana deu um pequeno refresco nas perdas do Ibovespa. Isso fez com que a queda acumulada no primeiro trimestre deixasse de ser a terceira pior desde o início do Plano Real para se tornar a quarta, atrás também da desvalorização registrada nos primeiros meses de 2013.
Na ocasião, o Ibovespa cedeu 7,55%. O resultado do trimestre daquele ano foi reflexo de uma perda não recorrente de bilhões gerada pela Medida Provisória 579, que determinava sobre a renovação das concessões de energia elétrica no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. A medida queria reduzir os preços das tarifas, mas fez parte do início de uma crise econômica que ocasionaria no impeachment da governante em 2016.
(Com informações do Estadão)