Às vésperas do Dia Internacional dos Trabalhadores, celebrado em 1º de maio, não há muito o que comemorar. A taxa de desemprego no Brasil subiu, de novo, e atingiu 8,8% no trimestre móvel terminado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nessa sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2022, o período traz aumento de 0,9 ponto percentual (7,9%) na taxa de desocupação. Com isso, o número absoluto de desocupados teve alta de 10% contra o trimestre anterior, chegando a 9,4 milhões de pessoas. São 860 mil pessoas a mais entre o contingente de desocupados, comparado o último trimestre do ano passado.
O total de pessoas ocupadas teve um recuo de 1,6% contra o trimestre anterior, caindo para 97,8 milhões de brasileiros. Deixaram o grupo cerca de 1,5 milhão.
O número de trabalhadores por conta própria com CNPJ teve queda de 8,1% (o que representa menos 559 mil pessoas). Com isso, a taxa de informalidade voltou aos 39% da população ocupada, o que equivale a 38,1 milhões de trabalhadores informais no país. No trimestre anterior, a taxa era de 38,8%.
O IBGE mostra também que o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chamado nível de ocupação, chegou a 56,1%. Trata-se de uma queda de um ponto percentual em relação ao trimestre anterior (57,2%).
O contingente fora da força de trabalho foi estimado em 67 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2023. O incremento foi de 1,1 milhão de pessoas frente ao trimestre anterior.