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sábado, janeiro 11, 2025

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Caso Adélio depende de decisão do STF

O ministro da Justiça, André Mendonça, avaliou que parte importante da investigação da tentativa de assassinato do presidente Jair Bolsonaro ainda está pendente e ele espera que o Supremo Tribunal Federal decida logo se vai autorizar a quebra de sigilo telefônico dos advogados de Adélio Bispo, o autor confesso do atentado. Mendonça falou do assunto em sua primeira entrevista exclusiva desde que assumiu o cargo. Ele conversou com o jornalista Fernando Rodrigues, no Poder em Foco, que vai ao ar neste domingo (17), no SBT, logo após o Programa Silvio Santos.

“Uma das vertentes importantes dessa investigação ainda não pode ser efetivada justamente por essa indefinição judicial sobre a viabilidade desse acesso ou não ao telefone dos advogados… Espero que seja o mais breve possível (a decisão do STF), até porque se há algum mandante, se há algum agente externo que tenha motivado ou contribuído para o ato do Adélio, essa pessoa está solta e certamente coloca o presidente da República numa situação de maior risco, se há essa figura”, alertou.

Nesta semana, a Polícia Federal concluiu no seu segundo inquérito sobre o caso que Adélio agiu sozinho e sem mandantes. A PF disse que não foi comprovada a participação de partidos políticos, facções criminosas, grupos terroristas ou mesmo paramilitares em qualquer das fases do crime.

Na entrevista, André Mendonça, que assumiu o ministério no dia 29 de abril, também fala sobre a saída de seu antecessor na pasta, Sergio Moro, e avalia os desdobramentos do inquérito que apura a acusação de tentativa de interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal. O presidente nega qualquer irregularidade na mudança do comando da instituição.

Entre outros temas, o ministro é abordado sobre a resistência de Bolsonaro para divulgar os três exames de covid 19 que deram resultado negativo. Quando estava frente à Advocacia Geral da União, Mendonça defendeu o direito de Bolsonaro à privacidade e agora reforçou esse entendimento.

“Sem dúvida vigora na administração pública o princípio da transparência, o que não configura que aspectos da intimidade devam ser preservados. Quando nós falamos de um exame médico é a própria saúde física da pessoa, a própria condição dele, às vezes até uma questão familiar. Hoje é uma covid, amanhã é um câncer, noutro dia um problema no coração. Ou seja, a pessoa não tem direito de tratar a sua eventual enfermidade no seu próprio conceito de intimidade?”, indagou.

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