O ex-governador Sérgio Cabral foi condenado a mais 14 anos de prisão por corrupção. A sentença foi publicada na quarta-feira (29), pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Cabral foi condenado juntamente com outros réus, responsáveis por atos de corrupção envolvendo compras superfaturadas e licitações direcionadas de produtos hospitalares envolvendo o Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into).
Cabral foi condenado por corrupção passiva, pois, no entendimento de Bretas, ele possuía comando hierárquico, como governador. “Principal idealizador dos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos, o condenado Sérgio Cabral foi o grande fiador das práticas corruptas imputadas. Em razão da autoridade conquistada pelo apoio de vários milhões de votos que lhe foram confiados, ofereceu vantagens em troca de dinheiro. Vendeu a empresários a confiança que lhe foi depositada pelos cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a sua culpabilidade, maior do que a de um corrupto qualquer, é extrema”, escreveu o juiz.
Além dele, foram condenados o ex-diretor do Into e ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes (15 anos de reclusão), o ex-subsecretário de Saúde Cesar Romero, (18 anos de prisão), os empresários Miguel Iskin, (22 anos e nove meses), e Gustavo Estellita, a (19 anos e seis meses), e Luiz Carlos Bezerra, assessor de Cabral, a (quatro anos e um mês).
O advogado Márcio Delambert, que defende Cabral, se pronunciou sobre a nova condenação por meio de nota: “A defesa irá recorrer por discordar da pena aplicada. A postura de auxiliar as autoridades será mantida”. A reportagem não conseguiu contato com as demais defesas.
(Agência Brasil/EBC)