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Brasil tem agricultura mais desenvolvida e tecnológica do planeta

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A participação do Brasil na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-27), realizada no Egito, no mês de novembro, foi o tema principal da reunião ordinária da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), da terça-feira (6). A bancada recebeu o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, que agradeceu o empenho dos parlamentares e aponta um futuro de protagonismo do país acerca das energias verdes.

De acordo com o presidente da FPA, deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), eventos internacionais sempre aguardam a opinião do Brasil sobre todos os assuntos, já que há uma expectativa global do que o país irá fazer a respeito do meio ambiente, diante da força política e técnica. Na COP, segundo ele, não é diferente, e com a ajuda do ministro Joaquim Leite, pode-se manter o protagonismo esperado.

“Temos a agricultura mais desenvolvida e tecnológica do planeta. Além disso, todas as nossas pautas envolvem e beneficiam o meio ambiente, tais como, o licenciamento ambiental, regularização e pesticidas. É fundamental agradecer ao ministro por levar nossas preocupações e elogiar tanto o nosso trabalho mundo afora”, destacou Sérgio.

A estratégia de abordagem na última COP foi explicada pelo ministro, que afirmou a necessidade de mostrar ao resto do mundo que o Brasil é parte da solução energética tão discutida. Joaquim ressaltou que acordos internacionais foram realizados graças às ações realizadas nos últimos anos, que deixaram cristalino o interesse do país pela sustentabilidade.

“Tínhamos que mostrar que o Brasil é parte da solução energética, por isso fizemos o maior stand já feito em uma Conferência. Levamos um modelo de que o setor privado é a solução para criar uma nova economia neutra até 2050. Como resultado, fechamos acordo de floresta com a Indonésia e o Congo. Junto com eles, devemos mostrar que o marco legal feito pelo país em questões como os Pagamentos por Serviços Ambientais, Crédito de Carbono e ativos ambientais, temas apoiados pela FPA, sugerem um Brasil muito à frente dos outros países”, explicou.

Para Joaquim Leite é primordial que os brasileiros consigam reconhecer que o trabalho realizado pelo setor produtivo faz da agricultura convencional do Brasil a mais regenerativa do mundo. Mais que isso, transformar desafios em negócio e soluções climáticas.

“Nossos produtores cuidam muito bem do solo e isso precisa ser compartilhado para que a verdade prevaleça. Nossa estratégia, além de mostrar o quanto o Brasil cuida da natureza, é sair de um tema passivo para um ativo. Colocar a agricultura como uma atividade que pode compensar e gerar renda com a emissão de gases.

Segundo o deputado Evair de Melo (PP-ES), o meio ambiente e o setor agropecuário deixaram o clima de caos para encontrar a porta das oportunidades. “Sugeri há três anos ao ministro que tivéssemos pautas transversais e isso foi feito. Trabalhamos conjuntamente e construímos resultados inéditos para o agro. Tenho certeza que todas as entidades reconhecem o esforço e dedicação do ministro Joaquim Leite”, pontuou.

O ex-presidente da FPA, Alceu Moreira (MDB-PR), enfatizou que o ministro foi escalado no momento e na hora certa. Para o parlamentar, Joaquim trouxe para o meio ambiente a ideia do juiz que não é notado no jogo de futebol, e isso precisa persistir para o bem do agro brasileiro.

“A pauta ambiental deve ser debatida de maneira construtiva para o Brasil. Não podemos ter o retrocesso e aceitar que vendam a ideia de que por aqui se desmata tudo a todo momento. Nossas palavras são de reconhecimento ao ministro, que sentou à mesa e nos colocou de igual para igual com qualquer nação, seja qual fosse a regra. Saímos de uma guerra ideológica para apresentar o que realmente é o nosso país”, concluiu Alceu.

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