A atividade econômica entrou em declínio a partir de janeiro, na comparação com dezembro de 2022, na série com ajuste sazonal. É o que aponta o Monitor do PIB-FGV, indicador do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, explica que a estagnação verificada em janeiro resulta de uma combinação de fatores, como a retração da indústria, a estagnação do setor de serviços e o crescimento verificado apenas na agropecuária. Na sua visão, o resultado aponta a tendência para o ano.
De acordo com a análise, a configuração mostra o que se deve esperar em 2023, tendo em vista que o contexto econômico é mais desafiador este ano com perspectiva de recessão, o que indica que o consumo e os investimentos tendem a perder força e dificultar o crescimento econômico. A expectativa de safra recorde na agricultura mostra que a economia no ano deve ser bastante influenciada pela agropecuária.
A estimativa do Monitor da FGV é que o PIB em janeiro tenha sido de R$ 897,564 bilhões, em valores correntes. A taxa de investimento em janeiro foi de 15,4%, ficando abaixo da média mensal verificada desde o ano 2000.