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quinta-feira, outubro 31, 2024

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Que fim terá Maduro?

Ray Cunha

Ditadores não perdem eleições. Até os cachorros da Venezuela sabem que as eleições de lá são fraudadas. Domingo (28) ocorrerão eleições para presidente da Venezuela e Nicolás Maduro, o ditador do país desde 2013, quer mamar mais. Na semana passada, ele ameaçou em alto e bom som que se não for reeleito os venezuelanos sofrerão um “banho de sangue”.

Ele já matou boa parte da população, por bala, disparadas pela sua milícia particular, ou pela fome, e controla todas as instituições públicas do país, apoiado por generais envolvidos até a medula no narcotráfico. As prisões venezuelanas estão abarrotadas de presos políticos, muitos no corredor da morte.

Maduro, família e generais já limparam os cofres da Venezuela, o país que detém as maiores reservas de petróleo do planeta. Hoje, a Venezuela é um país miserável, o mais pobre da América do Sul; o salário mínimo de lá é de três dólares por mês.

Mais de sete milhões de venezuelanos – um quarto da população – fugiram da Venezuela na última década, muitos dos quais para o Brasil e a Colômbia. Desde 2021, entraram nos Estados Unidos cerca de 800 mil venezuelanos, 500 mil dos quais ilegalmente pelo México. Dos que permanecem no país, um terço diz que fugirá se Maduro permanecer no poder.

O opositor de Maduro, o diplomata Edmundo González Urrutia, é o favorito nas pesquisas, com 59% das intenções de voto, e Nicolás Maduro, com 24,6%. A população de Caracas foi para as ruas com palavras de ordem contra o ditador. Se a pressão internacional conseguir evitar fraude, Maduro perderá fragorosamente.

Desenham-se dois cenários para Maduro: se ele conseguir fraudar as eleições, o povo e frações das forças armadas já deram demonstrações de que ele poderá ser abatido. Se perder, pretende desfrutar os bilhões de dólares que roubou em um paraíso qualquer, desde que não seja alcançado pela CIA, pois é procurado nos Estados Unidos, onde pagam 20 milhões de dólares por sua cabeça, de preferência vivo.

Por isso é que, segundo a mídia internacional, Maduro está arrumando as malas para fugir da Venezuela, juntamente com sua família e alguns generais que sabem todos os podres da ditadura venezuelana. Para o Brasil ele não virá, pois sabe que por aqui as coisas não andam nada bem para ditadores.

Há duas instituições de olho no ditador: a Interpol e o Umbral. A Interpol já tem uma força-tarefa para pegar o bandido e entregá-lo aos Estados Unidos, e no Umbral espíritos de pessoas que foram assassinadas pelo ditador estão só o aguardando de forcado em punho. No Umbral, ninguém morre, mas sofre.

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