O governo de Brasília, formado por Ibaneis Rocha e Celina Leão, completou 100 dias de gestão na segunda-feira (10) sem ter muito o que mostrar, além da infinidade de buracos nas ruas e o festival de obras inacabadas por toda a cidade. Os primeiros meses de “trabalho” da chapa vencedora no primeiro turno das eleições 2022 foram marcados pela nomeação de 4,5 mil servidores públicos, com inchaço da máquina pública, e pelo encaminhamento do reajuste salarial, principalmente.
Nos primeiros dias do ano, a gestão lançou o Drenar DF, projeto da Agência de Desenvolvimento (Terracap) criado para, teoricamente, resolver problemas de alagamentos no Plano Piloto de Brasília. Com gastos de R$ 174 milhões e a construção de 7,8 quilômetros (km) de túneis.
Em janeiro, o GDF lançou o Viaduto do Jardim Botânico, projeto do DER-DF e as obras das passarelas da Água Mineral e da BR-020, em Planaltina. Quando ficarão prontas, ninguém sabe, a exemplo da construção do túnel no centro de Taguatinga.
Os anúncios da reforma do Batalhão de Polícia Militar da Esplanada dos Ministérios e a nomeação de Sandro Avelar como secretário de Segurança Pública fecharam o primeiro mês do ano.
Festa com dinheiro público
O Carnaval voltou com todo o apetite. Foram consumidos R$ 12 milhões em quatro dias de festa lideradas por mais de 100 blocos. Vem mais folia por aí com dinheiro público, com o desfile das Escolas de Samba de Brasília, programado para os dias 21 e 22 deste mês.
O governador Ibaneis Rocha, afastado das atividades desde 8 de janeiro, retomou o posto para o qual foi eleito em primeiro turno. Ele anunciou a construção de um hospital com 100 leitos para o Recanto das Emas, com investimento de R$ 147,6 milhões, e visitou o terreno onde será erguida a unidade. Quando a obra começa ou será concluída, ninguém sabe.
O mês também foi marcado pela entrega da reforma de ampliação do 6º Batalhão de Polícia Militar, o Batalhão dos Poderes, e o encaminhamento do reajuste linear de 18% para todas as categorias da administração pública e 25% para cargos em comissão, já aprovados em dois turnos pela Câmara Legislativa (CLDF).