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Parque Morro do Diabo recebe R$ 23 milhões do Governo de São Paulo

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Às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Governo de São Paulo, anunciou, nesse sábado (3), investimento de R$ 23 milhões para aumentar a segurança da biodiversidade no Parque Estadual Morro do Diabo (PEMD), em Teodoro Sampaio.

Entrarão em operação quatro radares de velocidade, além dos dois já existentes, na Rodovia Arlindo Bettio (SP-613), via que corta o parque, e serão construídas três novas passagens de fauna. Também serão instalados 30 quilômetros de cercas de segurança ao longo da via e outros dez quilômetros na Estação Ecológica do Mico Leão Preto.

O anúncio foi feito pela Secretária Natália Resende, que visitou o parque e vistoriou a Rodovia Arlindo Bettio (SP-613), que atravessa a área da Unidade de Conservação. “Esse é um ótimo exemplo de política transversal e integrada da Semil, a partir de uma iniciativa em prol da preservação da fauna local, unindo um dos braços ambientais da secretaria, a Fundação Florestal, e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER)”, comentou.

Localizado no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado e próximo ao bioma Cerrado, o Parque Estadual Morro do Diabo é um dos raros trechos de Floresta de Planalto do país, abrangendo quase 34 mil hectares de Mata Atlântica interiorana. O parque abriga espécies ameaçadas de extinção, como anta, queixada, bugio, puma e onça-pintada, além de ser o lar da maior população livre do mico-leão-reto, uma espécie de primata entre as mais ameaçadas do planeta.

A Unidade de Conservação possui a maior reserva de peroba-rosa do país, desempenhando um papel importante nos trabalhos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.

Além de ser utilizado para atividades de lazer e esporte, o Parque Estadual Morro do Diabo desempenha um papel importante nas pesquisas científicas. O parque serve como base para o Programa Monitora BioSP, da Fundação Florestal, instituição ligada à Semil.

Os estudos realizados no parque fornecem subsídios para a tomada de decisões, não apenas para a proteção de espécies e conservação da biodiversidade, mas também para a implementação de ações relacionadas ao aumento da cobertura vegetal e à redução da fragmentação das paisagens. Isso contribui para ampliar os serviços ecossistêmicos e ambientais das unidades de conservação e das zonas de amortecimento.

O parque é considerado um dos quatro “parques modelo” do Estado, ao lado dos parques estaduais Ilha Anchieta (Ubatuba), Ilha do Cardoso (Vale do Ribeira) e Intervales. Oferece atrações como a Trilha do Morro do Diabo, que conduz ao topo da montanha e proporciona uma vista panorâmica exuberante. Também está disponível a ciclorrota Caminho das Onças, um percurso de 51 quilômetros.

Além disso, o parque conta com trilhas inclusivas, como a Trilha da Lagoa Vede, que pode ser percorrida utilizando cadeiras Julietti, especialmente projetadas para pessoas com limitações físicas.

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