A merenda oferecida pelo governo de Brasília-DF aos alunos das escolas públicas se resume a um prato com arroz branco e alface para o almoço, ou pão puro com suco para o café. Essas opções, longe da alimentação balanceada que uma criança precisa consumir, foram as que chegaram à mesa de parte dos alunos da rede pública na quarta-feira (2).
O problema da merenda nas escolas públicas de Brasília não vem de hoje e teve maior repercussão com reclamações de professores, pais e dos próprios estudantes. Sem carne bovina desde 2017 e com a tentativa frustrada de ajustar o cardápio com almôndegas, agora os estudantes sofrem com a falta até de frango.
Secretaria de Educação (SEE) publicou no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) aviso de abertura de processo de dispensa de licitação, em caráter emergencial, para a aquisição de frango para as escolas. De acordo com a secretaria, o contrato de fornecimento de carne de frango in natura foi encerrado em 24 de junho, após parecer da Procuradoria-Geral do Distrito Federal: a PGDF entendeu que os contratos para aquisição de gêneros alimentícios com recursos federais não podem ser renovados, por não serem serviço contínuo.
Ainda segundo a secretaria, “a dispensa de licitação permite a retomada da regularidade no abastecimento até que esteja concluída a licitação em andamento”. A Diretoria de Alimentação Escolar disse que adaptará os cardápios das escolas visando minimizar a “falta momentânea” de frango na merenda.
O diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Samuel Fernandes, afirmou ter recebido muitas reclamações de professores e diretores de escolas por causa da falta de proteínas no lanche dos alunos. “Em muitas escolas, não tem mais frango nem carne. Ou se serve arroz puro, macarrão com legumes ou biscoito com suco. Isso mostra a total falta de planejamento do governo, que deixou chegar nesse verdadeiro caos”, analisa.
(Com informações do Metropoles)