O Taguaparque, em Taguatinga, vai receber, nos dias 7, 8 e 9 de junho, o maior evento católico de Brasília-DF, o Pentecostes 2019. A organização da festa espera, neste ano, um público de quatro milhões pessoas nos três dias da celebração. Em 2018, foram mais de 3,5 milhões de fiéis. O governo de Brasília iniciou uma força-tarefa para preparar a área para o evento. A Novacap fez a poda de 1.185 árvores nas imediações, como Pistão Sul e Norte. Neste sábado (25), as equipes iniciam a roçagem do local. Segundo o coordenador-geral do evento, Wberthyer Costa Araújo, sem a ajuda do GDF, a festa de Pentecostes não aconteceria. “Não teríamos como arcar com todos esses serviços”, destaca.
A manutenção feita pela Novacap inclui pavimentação asfáltica e recuperação da ciclovia e de rampas para acessibilidade e nivelamento, além de limpeza das bocas de lobo. Para a execução dos serviços, é utilizado material como massa asfáltica, brita, pó de brita e pedrisco. Nas próximas semanas, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) também coloca seu time em campo para fazer capina, pinturas de meio-fio e remoção de lixo e entulho, instalando ainda pneus ao redor das árvores para protegê-las.
Estrutura
A festa de Pentecostes começou em 1999, na Paróquia São Pedro, em Taguatinga Sul. Em 2000, com o aumento do número de fiéis, foi preciso transferir o evento para o antigo Pistão Park Show; em seguida, para o Parque Leão, no Recanto das Emas; e, finalmente, para o Taguaparque.
Este ano haverá 13 telões para que os fiéis acompanhem a programação com mais conforto. Serão 2.045 voluntários e 900 ministros de toda a Arquidiocese de Brasília. Nove lojas de artigos religiosos, dez praças de alimentação e 900 banheiros químicos também compõem a estrutura do evento.
A celebração
Pentecostes, celebrada 50 dias após o Domingo de Páscoa, comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo, sua mãe Maria e outros seguidores. A origem do Pentecostes, porém, é anterior ao nascimento de Cristo.
Há uma antiga festa bíblica com o mesmo nome, relatada no livro do Êxodo e celebrada pelos judeus todos os anos, desde a saída do Egito, realizada na época da colheita de grãos, para agradecer a Deus pelas dádivas da terra. Era uma festa alegre, solene e universal, da qual participavam ricos e pobres, judeus e estrangeiros. Durava sete semanas.
Segundo a Bíblia, após o final do Pentecostes judaico, os discípulos de Jesus estavam no cenáculo – o mesmo onde foi celebrada a última ceia – quando, de repente, veio do céu um grande ruído que encheu toda a casa. Apareceram pequenas línguas de fogo, que se dividiram e desceram sobre cada um dos discípulos, que começaram a falar em diferentes línguas.
O apóstolo Pedro explicou que aquilo era obra do Espírito Santo de Deus, em cumprimento às profecias bíblicas. Lembrou que Jesus morreu para livrar a humanidade de seus pecados, e que, para obter a salvação, todos deveriam ser batizados em nome dele. Apenas naquele dia, cerca de três mil pessoas foram batizadas, e o número de novos fiéis da recém-nascida Igreja foi aumentando cada vez mais. Desde então, o Pentecostes ganhou um novo significado para os povos cristãos: a formação de uma única família unida pelo amor em Cristo.
(Com Agência Brasília/Foto: Gabriel Jabur)