A crise econômica tem levado o brasileiro a procurar opções de empréstimo pessoal. Com o aumento dessa demanda houve a potencialização de fraudes envolvendo sites conduzidos por estelionatários que se passam por instituições de crédito para cometerem crimes. Uma das artimanhas mais usadas é solicitar um depósito antecipado como condição para que o empréstimo seja efetuado – prática completamente ilegal.
Segundo Guilherme de Almeida Prado, mestre em Administração de Empresas pela EAESP-FGV, é essencial verificar se a empresa que está oferecendo crédito é confiável. Uma das formas é checar a veracidade das informações e os comentários de consumidores sobre a empresa nas redes sociais e no Reclame Aqui.
O especialista – autor do livro Conquiste Mais e fundador dos negócios de impacto social Konkero, Central da Catarata e KeroGrana – listou seis dicas para que o consumidor possa ficar alerta.
DICA #1 |Desconfie de empresas com excesso de facilidades como, por exemplo, não exigir o envio de documentos e exigência de poucos dados.
DICA #2 |Observe as taxas de juros cobradas e o Custo Total Efetivo (CET).
DICA #3 |Verifique se a empresa tem telefone fixo e como é a sede.
DICA #4 |Procure órgãos de defesa do consumidor e pesquise o nome da empresa.
DICA #5 |Guarde o material publicitário do empréstimo, pois ele integra o contrato e as informações dadas ali devem ser cumpridas.
DICA #6 |Certifique-se de que consegue pagar as parcelas definidas para o empréstimo sem que isso afete o orçamento familiar.
Almeida Prado lembra que as pessoas negativadas podem ser mais suscetíveis a golpes de empréstimos, porque passam por um momento difícil. “É preciso ter muita atenção, sobretudo com ofertas que parecem ser a solução para o problema. Um ponto de atenção é jamais fazer depósito para garantir a liberação de crédito. O depósito antecipado, aliás, é proibido por lei, ou seja, não permitido pelo Banco Central”, salienta.
Sobre as situações em que o empréstimo pessoal consegue ajudar o consumidor endividado, o consultor lista duas: para quitar uma dívida no cheque especial e quando há uma emergência familiar. “Quando comparamos os juros do cheque especial e a taxa do crédito pessoal do banco no qual o consumidor tem conta, fica nítida a diferença entre os produtos, ou seja, mostra que é vantagem trocar uma dívida crescente por uma fixa. A outra situação, uma emergência familiar como tratamento médico, está na mesma lógica. A pessoa fica tentada a usar o limite do cheque especial, mas corre o risco dessa dívida virar uma bola de neve”, alerta.
(Betania Lins)